Cada vez que o meu coração bate, é alguma coisa que está
batendo pra sair. Às vezes amigavelmente, às vezes esmurrando. A batida na
porta, toc toc nas costelas, aquilo que eu incansavelmente preciso externar.
A visita que quer ir para fora do meu peito, incomodada e
envergonhada, vai se voltar para dentro e quebrar tudo se não for aberta a
porta. Uma mísera fresta na janela não serve.
Tem algo ali sim, não é apenas um processo fisiológico. É a
emoção que me domina e que eu quero gritar. Se ela não sair, eu morro.