Meu coração cheio de amor
É um errante buraco negro
Como se o anestesista
Espetasse os próprios dedos
Nenhum transplante tiraria
Deste peito mal-tratado
Tal órgão apodrecido
Tanto sangue envenenado
Ninguém vê que esta máquina
Que eu finjo que funciona
Existe nas mentiras
Se sustenta naquele sem-vergonha...
Dizem que o doer é normal
Espero que o remédio possa tanto me ferir
Faça o favor de me destroçar
Me deixar sem existir