quarta-feira, dezembro 31, 2008

'Por que eu ainda gosto dele?'

Baseado em fatos reais, em uma história dura, em confiança e a falta dela. Obrigada!

****************************

Mais de quatro da manhã, talvez (as duas estão sem relógio), são amigas reais, daquelas que se entendem numa palavra. Não tinham sono. Se tinham, não queriam dormir. A mais velha e mais baixa já havia contado para a mais nova e mais alta tudo que lhe preocupava demais e que nunca tinha contado para ninguém. Tinha ficado decididamente mais leve. Estava na vez da outra.
–Tudo bem, eu te conto tudo que você quer saber, mas pode parar de olhar pela janela um instante?
–Pode ir falando, é que eu não gosto de olhar muito nos olhos das pessoas, acho que tira a concentração. – apesar de seus pensamentos flutuarem como nuvens, a quilômetros de distância daquele quarto, ela fez força para não perder um detalhe do que a amiga dizia.
Suspirou. Ela olhou pela janela.
–Por que eu ainda gosto dele?
“Eu não sei direito, vou te dizer. Ele não era totalmente desconhecido, fomos apresentados virtualmente por um amigo nosso. Acho que eu sempre gostei dele, nunca na mesma intensidade, mas sempre tive uma afinidade com ele, desde o primeiro oi. No começo conversávamos durante cinco minutos depois por três horas, sempre que possível, sem pretensões de nada mais sério do que uma amizade pelo computador. Na verdade, nunca imaginei que rumo isso tomaria. Para mim, correr depois de chegar da escola para ligar o computador e poder finalmente falar com ele era rotina. Eu não queria saber se eu sorria para a tela do computador ou se o coração batia mais acelerado, isso nunca foi uma questão em minha cabeça. Era totalmente natural conversar e conversar com ele.
“Nós ríamos muito, contávamos segredos, discutíamos amigavelmente sobre nossos gostos. Eu começava a gostar dele, mas não contei dessa amizade para ninguém, porque, no meu inconsciente, sabia que ele ia querer outro MSN, conversaria mais com outras pessoas e me deixaria de lado...
“Nunca tive curiosidade em ver o rosto dele, mas isso não me importava, era legal não ter uma primeira impressão dele só por causa da aparência. Se eu gosto dele, é somente pelo que foi construído apenas com palavras. E que palavras! Eu adorava, e continuo adorando, tudo o que ele escreve.
“Só me dei conta do quanto eu gostava dele quando soube que ele arranjou uma namorada. Ai, como doeu!
“Foi uma dor difícil de explicar, um misto de perda e solidão e ciúme, mas eu não entendia direito que diabos de perda era aquela, se ele nunca tinha sido meu. Com o tempo eu refleti mais e percebi que conversar com ele era algo que fazia parte da minha vida e eu podia dizer tranqüilamente que ele já era parte da minha história, ainda que por pouco tempo. E que eu gostava bastante dele, de um outro jeito.
“Como eu posso ainda gostar dele?
“Para ele, depois de ter me contado sobre seu namoro, comecei a fazer mais parte de sua vida, enquanto eu o queria longe, porque junto dele vinha a lembrança da namorada dele, que tirou todas as minhas chances mais sérias antes que elas desabrochassem. Ele me ligava mais, me mandava fotos, parecia enfim disposto a me conhecer pessoalmente. Eu tinha medo de não conseguir falar com ele cara a cara, ou pior, falar o que eu realmente sentia, e acabar com a nossa amizade... Ele foi um amigo tão importante para mim... Foi, infelizmente.”
–Hm...
–Não queria perder o contato com ele. Queria poder ligar para ele agora. Mas como? Ele atenderia e nem se lembraria de mim!
–Por que você pensa assim? Se ele conversou tanto com você, há de se lembrar. E deve sentir saudades também.
–O que eu diria para ele, caramba?
–Diria que sente saudades e que tem coisas para falar com ele. Daí você marcaria de sair com ele e falaria tudo cara a cara!
–Que fácil dizer isso... Depois daquela briga, quando ele traiu a namorada, ele nunca falou nada de bom para mim. A gente só discutia, e discutia feio. Ele colocou um ponto final um dia, pois não queria mais falar comigo.
“Não devia ter me metido demais naquela história. Mas o jeito com que ele tratou aquilo foi tão mesquinho, egoísta... Aquilo me deixou sem palavras, porque eu achava que conhecia ele como a palma da minha mão, e aquela atitude só me provou o contrário e nos afastou.
“Por que eu ainda gosto dele, meu Deus?”

sábado, dezembro 06, 2008

Personal Serial Killer Tabajara Blóxsóris!!!

Aproxime-se colega estiloso e antenado na moda, sabe da última? Não? Não esteve em Paris semana passada? Não assistiu o último desfile da Gucci? Não viu as novidades na internet do seu iPhone banhado a ouro? Ai colega, quanta alienação, tome banho de sal grosso, espanta essa pobreza! Pois eu, sendo chique de doer, acabei de adquirir meu própio personal serial killer tabajara blóxsóris (que ainda me acha bonita!), comentarista e visitante deste humilde blog. Babe de inveja, colega, o meu próprio personal serial killer tabajara blóxsóris é uma nova moda totalmente descolada, diferente de tudo, luxo para poucos!
(Aguarde, pessoa do povo, quando essa ficar no passado, o que acontecerá na próxima estação, adiquira um personal serial killer tabajara blóxsóris num camelô pertinho de sua casa!)

**********************************************

Não entendeu? Colega sem noção, vide os comentários do post de 24/10/08.

**********************************************

Devido a encheções de saco freqüentes, vindas de conhecidos e desconhecidos, mudei as cores do blog. E é só isso o que eu tenho para dizer, não tendo paciência nenhuma de cuidar deste humilde blog durante minhas curtas férias em Fortaleza.